De que quando soltar esse ar
Irá se liberar de todo esse pesar.
Respire de novo e faça um favor a si
Pegue no ar só aquilo que possa lhe
fazer sorrir.
Proíba os maus pensamentos
proliferarem aí.
Você não está aqui para ser
impecável,
Não se destrua pretendendo
perfeição,
Aprimore-se buscando conhecer o seu
coração.
E quando ele falar contigo, confie!
Até caminhos sinuosos
Banhados de boa intenção
Elevam e levam ao topo para
vislumbrar a imensidão.
Nem os rios da perfeita Natureza
são retos,
Por quê temer as curvas?
Querer andar em rígido linear
É correr o risco de parar
Ao encontrar um desses ângulos
Que permitem ao rio da vida permear
E democraticamente banhar
Todas as diversidades de solo.
Um mundo feito para as águas andarem
bailando,
Abraçando e rodopiando as curvas
das próprias imperfeições,
Dançando para acolher com bom humor
as belezas
De nossas pequenezas
Que ensinam a leveza da
simplicidade
A justiça da humildade
E a paz da despretensão em passar
por esse chão
Sem deixar sequer um arranhão?
A vida lhe foi dada para ser vivida
em autenticidade.
Para ser e sendo descobrir a
complexidade
Do Todo que habita dentro de ti.
Para que pergunte ao seu turbilhão o que
há de precioso
Querendo ser entendido e plantado
nesse solo amoroso.
Respire novamente...
Simplesmente se concentre
Na natureza de suas intenções
Trabalhe na lapidação daquilo que
deixou de ser amor
E dê um presente para si todos os
dias
Se perdoe por não ser como algo que
ainda é pequeno em você queria.
Quando um dia você enxergar a
grandeza de tudo
A sincronia de todas as danças
invisíveis
Irá suspirar sorrindo e expandindo:
“Como a vida é bonita!”
Respire fundo para se conectar.
Não tenha medo nem culpa do “errar”.
Tenha, em reverência à vida, a
responsabilidade
De aproveitar cada oportunidade,
Ainda que torta ou fora do plano,
Para subir mais um degrau.
Se puder, suba dançando e cantando,
Sorrindo e aplaudindo,
Pois estar na vida, coexistindo com
a pureza de suas águas,
Ainda que em turbulento fluxo,
É precioso!
A revolta das águas é superficial.
Nas profundezas, o silêncio sempre imperou.
A revolta das águas é superficial.
Nas profundezas, o silêncio sempre imperou.
Se perdoe. Não se culpe e não culpe
a vida.
A curvas são seus mestres.
Os reverencie!
Letícia.