quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Caminhar Cronológico da Destruição




Meus pés abraçados pelas gramas da mata
Caminham lentamente a deixar o tempo para trás.
Ergo a cabeça e esqueço de observá-los caminhar.
É imensidão que não tem fim.
Árvores, frescor, barulho com cor
De vida. Da Selva. Da relva.
Me sinto selvagem. Me nutro de coragem.
Firmo minha caminhada.
Não olho mais para o chão.
Nunca olhei para trás.
A gana de encontrar o fim do mundo.
Sigo.
A mata se abre. O instinto alerta perigo.
Transpiro.
A noite se derrama em insegurança.
Mal durmo.
Me sinto nu na selva com a qual não me identifico mais.
Os dias amanhecem: me determino a encontrar
O meu majestoso lugar.
Quando já sem esperanças, sinto um rígido material quente suportar meus pés.
Uma onda de ar infértil me envolve no novo habitat.
Luzes artificiais. Máquinas sensacionais.
Onde estão as árvores?
O barulho não tem mais cor nem aparente justa razão.
Me sinto tonto.
Há uma nova selva em frente os meus olhos.
Sem animais. Sem frescor. Um diferente selvagem.
A coragem virou covardia.
Me escondo entre prédios.
Sobrevivo no concreto.
Me calo a ataques vis.
Acostumo a maltratar o que restou do real mundo de fora.
Agora sou: a nova selva!
A comida não mais é vivaz.
Viciada no imediato, alimento-me para calar feridas.
Ignoro criar tantas outras profundas.
Não sou de onde vim. Sou onde estou.
E estou perdida.
E afundo.
Fundo.
Cadê o ar?
Abandono as paredes buscando respirar.
Me livro desses trajes que querem me enjaular
Ao estampar sobre minha pele a minha sentença.
Respiro?
Com dificuldade, mas – Sim! – volto a respirar!
Por acaso, pisei descalço no jardim.
Por acidente – juro, não era minha intenção! -
Fixei-me a olhar meus pés.
Estavam abraçados por fracas gramas sem cor.
Um sentimento remoto familiar.
O despertar de uma memória antiga.
Senti - eu juro que senti! - a Terra embaixo do chão.
Senti -  eu juro! - seu núcleo vibrar
E pedir socorro.
A que a gana cega resultou?
Um selvagem requintado, com ar de superioridade
Que vive como se não fosse morrer e como se ninguém mais fosse nascer.
É preciso acordar desses ideais sem consciência.
É educado caminhar sem destruir.
Nobre, viver para semear.
É preciso mesmo haver um fim no mundo?
Agora enxergo meus irmãos.
Tantos dormem. Outros começam a acordar.
Alguns despertos a, para o bem, trabalhar.
Há tantas causas nobres para se derramar a vida...
Qual a sua forma de chorar amor para fertilizar a Terra?
Chore...
Libere!
Semeie!
Enxergue seus pés.
E a vida que há embaixo deles, beijando-os.
É a Terra chamando e querendo orientar.
Ela não vai aguentar tanta gente surda
Ignorando seus clamados.
Embaixo dos meus pés está a nossa morada.
Ela é puro amor reciclável, sustentável, retornável, multiplicável.
Basta escutá-la e servir com generosidade para a plenitude colher.
A humanidade um dia se envergonhou de ser selvagem.
Negou a natureza dentro e fora de si.
A hora é de rever conceitos
E cuidar da nossa mãe negligenciada
Enquanto ela ainda pode suportar o tratamento.
Agora penso naqueles que ainda vão nascer.
Penso naquela que a todos gerou e carregou até aqui.
Não é preciso voltar ao primitivo,
Basta viver a civilização questionando seus padrões.
Readaptar-se. Evoluir o cerne.
Aprender a integrar.
Respeitar (preservar!).
Compreender (conscientizar!).
Agradecer (humilde ser!).
Retribuir (com gratidão devolver!).
A Terra ainda é!
E você? O que é sem Ela?


Que comece o caminhar da REPARAÇÃO.
O Sol nos renova a cada manhã.



sábado, 10 de novembro de 2018

Declaração ao Tempo


Tempo!
Tempo...
Você existe?
Está aqui? Devorando esses instantes?
Está aqui da forma que está ali?
Você é justo?
Quem te chamou assim?
Quem te chamou aqui?
Para onde levou a minha criança?
Onde colocou o sabor diferente da manga?
O cheiro de piscina das tardes de verão?
Por que tanto mudou?
Tem registrado a primeira vez que vi o mar?
Eu não consigo lembrar.
Tempo, me leva para passear?
Ver a vida inteira com o meu novo olhar?
Eu tenho em mim que a vida toda,
Foi muito mais linda do que eu conseguia enxergar.
Estava distraída,
Não sabia da sua sutilidade.
Eu pouco percebia
O tempo e o vento
A me encaminhar
Quando eu não sabia sequer
Para a vida engatinhar.
Tempo,
Quero agradecer!
Por ser pai e me acolher,
Sem me reprovar,
Mas sempre fazer clarear
O vazio que antecedia o espaço
Que na sequência se ocuparia pelos meus passos.
Por acreditar,
Que o dia iria chegar
E eu entenderia essa bela sintonia,
Me encantaria com toda a sabedoria
Da invisível força que arrasta o mundo
Para frente.
Independente!
Chegou a hora de o abraçar
E dizer que preciso de você
Para viver,
Aprender
E ser.
Agora, eu o sinto me tocar
E docemente impulsionar
Num consciente caminhar.
Já posso até me lembrar
Quem guardou a minha criança
E como posso a resgatar.
A verdade, tempo, você apenas me envolveu
Para não me deixar estagnar.
A autora sempre foi,
E por quanto estar será,
Talvez não completa,
Mas completamente,
Eu!

domingo, 4 de novembro de 2018

A Autenticidade




A Terra não seria tão imensa,
A diversidade não seria tão gritante,
A noite não destoaria do dia
Sem razão.
Tudo é complementação.
Integração. Conexão. Cooperação.
A flor se abre em cores
O caule ergue e sustenta,
As raízes firmemente conectam
À fonte da vida.
É preciso esse trabalho cooperativo
Para o mundo nos apresentar:
A flor!
Mas, nem todos são flores
E não há por que ser.
A beleza está na compreensão
Que cada um tem sua função.
Que flor não é mais que ninguém, não!
É apenas o resultado de uma gigante união.
E a gente se perde na razão,
Buscando entender
O que não há explicação.
Quando na emoção
Está a significação.
Personificação.
Manifestação.
O artista traduz a arte,
Encanta as cascas mais grossas.
As nutre ao profundo.
Rompem-nas em novas motivadas asas
Para continuar aquela peregrinação,
Agora, com ânimo de missão.
Mundos que não se percebem cruzar,
Já estão entrelaçados a se inspirar:
Complementação.
Nem todos enxergam a poesia no ar.
Os poetas, então, lapidam-na
Até a materializar no mundo
Através do suor do amor.
E nessa história leitor é tão estrela quanto autor.
É como o caule que sustenta a flor!
Essa é a sabedoria da integração:
Coexistência e movimentação,
Estimulação e condução.
Encaixe!
Um momento de contemplação...
Há um lugar particularmente brilhante
Para todos que habitam genuinamente
A unicidade
De “Ser-
Autenticamente-
Humano”.


quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Há que se despertar

Há que ser muito raso
A ponto de crer que a fina camada
Que permite um dedo sentir o outro
No pinçar a pele
Seja motivo para depreciação,
Escravidão.
Marginalização.

Há que não se permitir mergulhar,
Nas profundezas do próprio sentir,
Para precisar sufocar alguém que ama
O que te ameaça a virilidade.

Há que ser muito ingrato,
Para não valorizar a árvore de todas as vidas,
A flor da pacificação.
O útero da humanidade.

Há que ser muito leviano,
Para banhar-se em privilégios e esbravejar
Contra o sertão, que raramente vê gota de água cair no chão.

Há que se ter esquecido o que é ser humano
Para pensar que a prosperidade deve chegar,
Independente do sangue que derramar,
Ou antes mesmo de terminar de secar,
O vermelho que está a manchar
A terra que se subverteu para explorar.

Há que ser, meu caro, muito desatento,
Para aqui nascer e não se comover
Com tudo que destrói a dignidade de um ser.
É como ter chance para crescer
Mas se enclausurar em vestes apertadas
Que não lhe permite tocar os céus
Mas que é difícil abandonar
Porque estar na moda traz um pequeno bem-estar.

Há que ser, no profundo, solitário
Para passar pela vida e não ter sentido as dores das gentes.
E um tanto quanto autoritário
Para convencer a si próprio das benesses inexistentes de seu ódio.

Há, por fim, que morrer
E novamente, um dia, nascer
Ao levantar as pálpebras e
De repente vislumbrar outra coloração
Num mundo que mudou de cor:
O pequeno virou amor!
E tanto se agigantou,
Que o comandante gritante
Se acovardou
Vendo que a máquina não respondia mais
A nenhum comando de rancor.
Migrou.

E migra sempre.
E paira sempre pela superfície da Terra.
Sempre a buscar
Um ser a quem possa dominar.
Lá entrar e colocá-lo a esbravejar.
Ironizar.
Satirizar.

A luta nessa esfera é individual.
Embora sempre se esparrame no social.
Enquanto isso,
Os que domaram seus próprios leões
Continuam a caminhar
Como a lastrear
A luz “Cidez”
Que clareia
A vida que acontece.

Enquanto passado e futuro tentam se conciliar,
O presente está a julgar
Cada esforço para se autoconscientizar.
E a perguntar:
Como foi seu próprio julgamento hoje?
Amanhã será um novo dia
E uma nova barreira para superar.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Flores e Livros



“Obrigada, meu pai! Obrigada, minha mãe”, ela disse:
Por enfeitarem meu lar com flores
E livros que me ensinaram a amar.
Sem me forçar,
Mas sempre a me lembrar,
Que nas prateleiras
Estavam tesouros que dinheiro algum
Jamais poderia inteiramente comprar.
Como “quem não quer nada”,
Estavam lá:
As flores a encantar,
Os livros a chamar.
Na minha imatura idade, o engatinhar.
A cegueira tentando se instalar,
Não encontrou sementes semelhantes para, de fato, germinar.
Ou espaço onde pudesse se enraizar.
Já que o solo foi regado com a nobreza
Daqueles que lutavam para superar as mazelas das próprias pequenezas,
Pois que sabiam que todo mundo algumas - ou muitas - carregam,
Mas que o novo não merecia nascer já maculado por elas.
Um dia,
As flores começaram a me falar.
Os livros, a se realçar nas velhas estantes.
Foi quando comecei a nascer
Para as responsabilidades que é aqui estar.
Não é fácil lutar
Contra a preguiça de despertar
Todos os dias cada dia mais.
É, no entanto, compensador
Encontrar amor neste perambular.
Entre cegos e feridos,
Sem cansar,
Sempre a buscar,
Alcançar e semear.
Esvair pequenezas,
Superar preconceitos,
Construir-se ético.
E toda vez que o novo estiver para nascer
Possibilitar-lhe o início imaculado.
Que chegue com vivacidade lídima
Para vencer as lamas inerentes a todo caminho.
Flores e livros podem trazer-lhe um frescor,
Que armas e fogo a séculos de distância
Não conseguem sequer deixar de sujar;
Quanto mais, possibilitar.
Foram flores e livros!
Ou livros-flores.
E todas as obras daqueles
Que ouviam o canto
Da semente de amor que queria
Desabrochar.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Hoje eu decidi desenhar o Brasil

Foto: Google Maps

Hoje eu decidi desenhar o Brasil.

Começo a traçar uma linha.
Ela contorna o verde da mata. Beija o azul esverdeado do nosso mar, que a depender da posição do meu lápis é azul límpido, transparente!
Continuo a subir meu traço. Mergulho-o em rios que se perdem na vastidão. Varo os verdes, azuis, marrom de terra (quanta terra!), enquanto os pássaros mais coloridos dançam no céu.
Traço por entre megacidades e vilarejos.
Aldeias!
Pobreza e riqueza.
Arte e desprezo.
Beleza e tristeza.
Firmo a mão, porque há muito para se traçar e se narrar.
É gente linda de todo o tipo.
Da mistura, a originalidade.
A simplicidade resiliente que deveria ser aplaudida é massacrada pela ganância.
É a Terra dos contrastes!
Do povo que hora se abraça e hora se estapeia.
Termino meus traços e vislumbro um coração derretido.
Não sei se é de amorosidade por tantas belezas ou se derreteu pelas atrocidades.
Acho que é mais uma dessas dualidades que aqui esperneiam em abundância.
A Terra está pronta.
Mas, para nós a estrada é longa.
Não dá para amar enquanto odeia.
Não dá para odiar e querer colher os frutos do amor.
Não haverá esclarecimento enquanto a prioridade for afixar paixões.
O contraste ainda se faz necessário:
Carregar ódio para, com olhar entristecido, ao longe, suspirar pelo amor.
Ou amar e lamentar ao observar cegos a esfaquear.
Que sem saber o que atingem, na fome gritante por qualquer mudança, a faca termina no próprio estômago.
Da real comoção pelas atrocidades, brota a serenidade e responsabilidade de lutar pela humanidade.
Também tem lugar para estômagos feridos nessa Terra mãe.
Pois a dualidade serve pra ensinar, mas às vezes o preço da falta de luz é auto lesionar.
Alguns precisam sentir na pele. Para outros, basta um olhar.
Tal dualidade é válida quando nos ajuda a despertar.
Por hora, seguimos não nos acostumando
Com tudo que diminui um ser humano.
E com calma o caminho vai nos mostrando,
Que ódio não é ponte,
Mas precipício para a prosperidade que tanto clama pelo nosso abraço.
A Terra já estava pronta.
E a calmaria ainda espera por nós.
Paciente e por vezes aflita, aguarda. E com doçura firmeza pergunta:
“O que – sinceramente - você está plantando?”
“Água envenenada não mata só a sede.”
Muito asfalto foi espalhado, continuo procurando as flores para desenhar esse mapa que nasceu para ser FLOResta.

domingo, 9 de setembro de 2018

UM



O relógio. Constante. Não Para. Só Passa.
O fluxo. Incessante. De gente. Que chega e que vai.
Que chega e não vai. Que vai e fica.
O fluído. Da vida. Que espalha. Que ou morre ou renasce.
O olhar. A direção. As escolhas. As predileções.
O caminho. A sabedoria das bifurcações.
O crescimento. As emoções.
A consciência. A responsabilidade. O comprometimento. O batimento.
Ah, a vida! Bonita...
Os desafios. O teste da força de nós mesmos.
Resiliência. A fé na beleza. Amor nas poesias.
As boas companhias.
O jogo da vida. Do tempo. Do instigante desconhecido.
Ninguém vem em vão. Ninguém vai sem uma porção.
Tudo vira amor pelo olhar do coração.
E ninguém, no mundo, pode furtar os momentos de dedicação
Ao outro.
Que mora, para sempre, nele e em você.
Formando a teia infinita de conexão ao coração.
No final,
Um dia,
Não sobrará ninguém fora dela
Sobrará o todo
UM.

domingo, 26 de agosto de 2018

O Quadro Da Felicidade




Nos pedem para pintar um quadro.
Nos dizem as cores, as formas, a obra.
“É isso que é!”.
Olhamos a pintura induzida,
Tentamos a engolir por todos os ângulos.
Não faz sentido, não preenche o estômago,
Mas a insistência a torna habitual.
A familiaridade se confunde com verdade.
Verdade se confunde com essência.
E esse movimento de colocar verdades externas pra dentro,
Sufoca o que pede atenção, zelo e amor para crescer
E derreter. Para fora!
Eles deveriam nos incentivar a pintar a própria obra.
Com aquilo que daríamos a vida para fazer realizar.
Mas que, em verdade, faz a vida finalmente chegar!
Que chega pedindo novo olhar para todas as coisas.
Dentre elas, os velhos apagados quadros prontos.
Nos lembra de falar aos orientadores-repetidores de obras
Sobre a possibilidade de inovarem a deles:
“Não há formula certa!”.
“Sempre há tempo!”.
É um segundo de plenitude que vale uma vida inteira!
“Comece com atenção, zelo e amor”.
“Não desista, por favor!”.

sábado, 7 de julho de 2018

O “portal” de embarque



Eu diria que todo embarque é como um renascimento. O portão de embarque é o limite para quem fica, que fica angustiado, que não vê o que há por trás daquela linha. Que não sabe como você está após atravessar o limite que determina uma separação física. É como a morte. Que segue de um renascimento.
E dói. Da medo. Da vontade de desistir. Da vontade de não ir. Mas, tem uma força que te puxa, te dá coragem e você vai...
Às vezes cambaleando, mas vai.
A viagem é longa, o tempo entre as nuvens o tranquiliza e você chega.
Da primeira vez que chega, talvez chegará sozinho, tem tanta gana que nada o derrubará.
O lugar novo te apresentará pessoas incríveis, que irão te ajudar, outras que farão perceber que gente ruim tem em todo lugar, mas sempre, sempre, a maioria será boa. É o que importa.
Pouco a pouco conquistará novos corações. Eles conquistarão o seu. E na hora de partir, um outro parto.
Não importa quantas vezes você vá, que vá para voltar, se for de coração aberto para outros corações entrarem o portão de embarque te fará passar pela dor de nascer de novo. Para o desconhecido, novo! A dor de soltar para poder voar.
Você entrará em contato com as nuvens novamente. Só elas sabem quantos sonhos e medos você carrega. E ao voltar a ter contato com terra firme, já nascido de novo, cairá nos braços dos antigos amores.
E concluirá que do lado de cá e de lá tem um grupo seleto de pessoas que te amam com a plenitude do ser que lhes pertence. Que estão sempre prontos para aguentar a barra de te amar ao te ver partir e estar sempre pronto a te receber.
Quem fica de um lado, não conhece a pessoa que chega do outro. Quem te recebe, não sabe quem você deixou de ser, mas possui o tesouro da chance para descobrir. Dessa forma um mundo não encontra o outro, mas se experimentam através da sua transformação.
Em dado momento a dor vira suspiro de gratidão, que só a sabedoria do universo entende e abraça.
Não é fácil nascer e morrer tantas vezes em uma só vida, mas é compensador.
É poético. E é também divino.
Entre os renascimentos e os anos, você ganha um pouquinho de alguma sabedoria e ela passa a ser a sua melhor amiga. Um anjo que conversa com você e te mostra a poesia de tudo.
E a vida é tão linda!
Nas poucas vezes que me questionei sobre essa minha vontade de me conhecer e de conhecer o mundo em sua essência, tive como resposta, de mim mesma, que valeria a pena investir nessa mão oposta primeiro.
Se eu passar a vida inteira com essa capacidade contemplativa que as dores de morrer e nascer várias vezes me trouxeram, eu estou muito satisfeita!
O mais importante: há muitas formas de mudar de mundo.
A todos nós que dividimos essa Terra, uma boa viagem. A vida é uma delícia!

terça-feira, 3 de julho de 2018

Das conexões que transformam..

26 de junho de 2018, Rio Mersey, Liverpool - UK

Conecte-se com o ar.
Sinta cada partícula que abraça a sua pele.
Perceba a troca entre vocês.
Respire com gratidão,
Há ar entrando em seu pulmão, 
Purificando e possibilitando você “ser”.

Conecte-se com o céu.
Sinta-o refletir em seus olhos.
Enxergue a sua reflexão na imensidão.
O que está refletindo?
Para que caminho?

Conecte-se com o Sol.
Sinta a pele esquentar, o cabelo dourar
E a sua força se renovar.
Firme os pés no chão.
Escute a Terra vibrar todas as vidas.

Coloque a mão no coração.
Sinta a sua vida pulsar...
Você está conscientemente vivo.
Conecte-se com o amor...
Tudo será infinito...