domingo, 26 de agosto de 2018

O Quadro Da Felicidade




Nos pedem para pintar um quadro.
Nos dizem as cores, as formas, a obra.
“É isso que é!”.
Olhamos a pintura induzida,
Tentamos a engolir por todos os ângulos.
Não faz sentido, não preenche o estômago,
Mas a insistência a torna habitual.
A familiaridade se confunde com verdade.
Verdade se confunde com essência.
E esse movimento de colocar verdades externas pra dentro,
Sufoca o que pede atenção, zelo e amor para crescer
E derreter. Para fora!
Eles deveriam nos incentivar a pintar a própria obra.
Com aquilo que daríamos a vida para fazer realizar.
Mas que, em verdade, faz a vida finalmente chegar!
Que chega pedindo novo olhar para todas as coisas.
Dentre elas, os velhos apagados quadros prontos.
Nos lembra de falar aos orientadores-repetidores de obras
Sobre a possibilidade de inovarem a deles:
“Não há formula certa!”.
“Sempre há tempo!”.
É um segundo de plenitude que vale uma vida inteira!
“Comece com atenção, zelo e amor”.
“Não desista, por favor!”.